Você Conhece Sua Conta de Luz?
Todos os meses nós recebemos a nossa conta de luz, porém muitas vezes não entendemos nada do que está escrito.
Então pagamos sem saber o que realmente estamos pagando.
Pensando nisso, resolvemos escrever este texto para tirar todas as dúvidas e trazer a transparência para vocês.
Desta forma você consegue entender e começar a questionar o que as distribuidoras de energia impõe sobre nós.
Para começar, você sabia que existem diversos tipos de consumidores?
Todos nós que consumimos energia elétrica conectado a rede elétrica pagamos a fatura de energia elétrica, também conhecida como conta de luz.
Os consumidores são divididos em dois grandes grupos, A e B.
O grupo A são compostos por consumidores com fornecimento em tensão igual ou acima 2,3 kV ou sistemas subterrâneos, caracterizado pela tarifa binômia.
Neste grupo ainda são subdivididos em A1, A2, A3, A3a, A4 e AS.
O subgrupo A1 são os consumidores que recebem com tensão superior ou igual a 230 kV, A2 com tensão entre 88 kV e 138 kV, A3 até 69 kV.
Do subgrupo A3a é de 30 kV até 44 kV, já o A4 é entre 2,3 kV e 25 kV.
E do subgrupo AS com fornecimento inferior a 2,3 kV porém com um sistema de distribuição subterrâneo.
O grupo B são os consumidores com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV ou sistemas subterrâneos, caracterizado pela tarifa monômia.
Como no grupo A, o grupo B é subdividido em B1, B2, B3 e B4.
O subgrupo B1 são os consumidores residenciais, B2 os rurais , B3 as demais classes e o B4 iluminação pública.
Portanto, hoje vou tratar do grupo B.
No entanto, você entende tudo que está escrito na sua conta de luz
Primeiro fui buscar algumas informações no site da Eletropaulo, porém, a página, entenda sua conta, não funciona.
Na fatura de energia vem descrito todo os dados do consumidor, como nome e o endereço do cliente.
O número de instalação e o número do cliente são como o CPF e o RG da fatura de energia.
O mês de referência é o mês que está sendo contabilizado na conta de luz e a data de vencimento.
Depois é apresentado um quadro de classificação da Unidade Consumidora, que é onde demonstra o grupo e o subgrupo que você está enquadrado.
Logo em seguida são apresentados os dados de medição, que são os dados do medidor, sendo o número dele e a leitura atual e anterior e quando vai ser realizado a próxima leitura.
Neste mesmo campo aparecem o fator multiplicador, o consumo total e os dias que foram contabilizados nesta conta de luz.
Depois disso, vem o seu histórico de consumo dos últimos 12 meses e neste campo já é possível ver a sazonalidade do seu consumo.
No histórico você consegue ver os meses com maior consumo e então determinar o motivo deste aumento ou se ele se manteve constante.
E então, vem a parte de descrição de faturamento, informações, seguindo pelos dados técnicos da instalação, indicadores de qualidade do serviço e o valor total.
Descrição de faturamento, o que é isso?
Neste campo estão os dados que são cobrados na sua fatura de energia.
Temos a TUSD que é referente a tarifa do uso do sistema de distribuição da energia, também a TE que é a tarifa de energia.
Agora também existe o adicional de bandeira tarifária e mais impostos PIS/PASEP e COFINS.
Também é descrito o valor utilizado para o cálculo de ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e a alíquota.
Este ICMS é calculado segundo o artigo 33 do convênio ICM 66/88 e ele vai variar com o seu consumo de energia e o lugar onde ele é utilizado.
Esta alíquota pode ter isenção ou chegar até 30% do valor referente ao consumo.
A fórmula utilizada para o cálculo da mesma é:
Alguns municípios também pagam a COSIP que é uma contribuição para o custeio da iluminação pública de lei número 13.479/02.
Neste caso, este valor não entra no cálculo do ICMS.
Em certos momentos também vem uma penalidade que a concessionária sofre e é subtraída do valor total. Esta penalidade é referente a falta de energia.
Certo, agora me fala, o que é esse adicional tarifário?
Em 2015 foi divulgado na resolução normativa número 547/13 da ANEEL que o valor da energia vai mudar de acordo com a condição de geração da energia.
Se você não sabe como funciona o sistema elétrico de energia, descubra aqui.
Este adicional é dividido em três categorias: verde, amarelo e vermelho.
Visto que na categoria verde não há nenhuma adição no valor já cobrado pelas concessionárias. Já na categoria amarela é adicionado um valor de R$ 0,013 para cada quilowatt-hora (kWh).
No entanto na bandeira vermelha é dividido em dois patamares, onde no primeiro é adicionado R$ 0,04169 e no segundo R$ 0,06243 para cada kWh.
E este adicional serve para todos os consumidores cativos das distribuidoras.
E o fator multiplicador?
O Fator multiplicador que vem descrito na sua conta de luz é característico do medidor de energia.
Esse fator multiplicador pode ser 1, 28, 40 ou qualquer número está aparecendo na sua conta de luz, porém não interfere na leitura real do seu consumo de energia.
Este fator multiplicador é dependente do tipo de aparelho você possui instalado em sua unidade consumidora e a tensão de conexão.
O fator multiplicador, no seu caso 10, é um valor para deixar todos medidores de energia na mesma base.
Ou seja, se o seu fator multiplicador fosse 1 seu consumo de energia iria marcar 10x menos que você consome e isso não iria representar o seu consumo real.
Outros dados que são importantes mencionar são a composição do fornecimento de energia. que inclui a geração, distribuição, transmissão, encargos, perdas e tributos.
Mas este campo muda de empresa para empresa, não são todas que apresentam estes dados.
Porém do que se tratam estes encargos?
Estes são custos não gerenciáveis pela concessionária e neste estão:
- Conta de desenvolvimento energético – CDE;
- Seguro para as termoelétricas – ECE;
- Programa de incentivo à fontes alternativas de energia elétrica – PROINFA;
- Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos – CFURH;
- Encargos de serviço do sistema – ESS e Energia de reserva – ERR;
- Taxa de fiscalização dos serviços de energia elétrica – TFSEE;
- Pesquisa e desenvolvimento – P&D e programa de eficiência energética – PEE; e
- Contribuição ao operador nacional do sistema – ONS.
Sim, pagamos por tudo isso. Ainda acima tinha comentado sobre uma penalidade, o que é isso?
Esta penalidade está relacionada a qualidade do serviço prestado pela provedora de energia elétrica e na sua fatura de energia, conta de luz, demostra alguns indicadores.
Os indicadores são os seguintes DIC, FIC, DMIC e CM, onde:
DIC que é a quantidade de horas que o consumidor ficou sem receber energia elétrica.
FIC representa a quantidade de vezes que não foi fornecido energia elétrica.
DMIC é a quantidade de horas contínuas que não tinha energia elétrica.
E CM é encargo de uso do sistema de distribuição.
Para cada um existe um limite permitido por lei, separado por ano, trimestre e mês. Quando este limite é ultrapassado a distribuidora paga uma penalidade.
Como resultado da infração, é esta penalidade que é “devolvida” ao cliente da concessionária.
Após todos dados é contabilizado o valor total a ser pago a esta.
Só existe esta forma de cobrança?
Para o consumidor do grupo A é classificado de uma forma diferente, conhecida como tarifa binominal e neste grupo possui três modalidades, a azul, verde e a convencional.
Esta última vai ser extinta.
E para os consumidores do grupo B existe a convencional, a tarifa branca e a forma de pré-pagamento, que apenas algumas distribuidoras oferecem esta modalidade.
A forma pré-paga, como o próprio nome diz, você paga antes do consumo. Você começa com um consumo de 20 kWh e vai comprando mais de acordo com a sua necessidade.
Já a tarifa branca a diferença é que o valor a ser cobrado do seu consumo de energia vai mudar de acordo com o horário e o dia que você utilizar a energia elétrica.
Como assim?
Nesta tarifa existem três horários definidos como fora de ponta, ponta e intermediário. Sendo os horários de acordo com cada concessionária.
Os horários de ponta representam três horas consecutivas definidas pela fornecedora e as intermediárias é uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta.
Ou seja, se o horário de ponta definido pela concessionária é das 18:00 até as 21:00 os horários intermediários são das 17:00 até as 18:00 e 21:00 até as 22:00.
E os horários fora de ponta é todo o restante, inclusive dia inteiro dos finais de semana e feriados nacionais.
E a vantagem é que nos horários fora de ponta o valor pago é menor que o cobrado normalmente.
Só que no horário da ponta e intermediário o valor é bem mais elevado.
Portanto, se você consegue utilizar a energia elétrica fora destes horários é melhor a tarifa branca que a convencional.
Você percebeu o aumento da sua conta de luz neste ano?
Segundo o site da ANEEL – Agência Nacional de energia elétrica, os reajustes neste ano de 2018, até o momento são os seguintes:
| Distribuidora | Reajuste |
| CELPA | 11,75% |
| EFLJC | 8,66% |
| COOPERALIANÇA | 14,38% |
| CEMAR | 16,94% |
| EPB | 15,73% |
| IENERGIA | 12,29% |
| EFLUL | 12,32% |
| ELEKTRO | 24,42% |
| FORCEL | 29,86% |
| CELESC | 13,86% |
| ELFSM | 14,32% |
| ELETROPAULO | 15,85% |
| COCEL | 12,03% |
| COPEL-DIS | 15,99% |
| CELPE | 8,89% |
| COSERN | 15,61% |
| CPFL | 8,88% |
| LIGHT | 10,36% |
| EBO | 18,21% |
Quer diminuir esta conta?
Com a Energia Solar Fotovoltaica você consegue reduzir este valor em até 95%.
E por que 95%? Pois você precisa pagar uma taxa mínima obrigatória para a concessionária.
Para conseguir este benefício, você se enquadra na geração distribuída.
Acima de tudo você economiza e ajudar o meio ambiente.
Entre em contato com a Sunset Energia. Estamos aqui para te auxiliar nesta mudança.
Pingback: Conta COVID e o Futuro da Energia Elétrica | Sunset Energia
Pingback: Investir em Energia Solar Fotovoltaica vs 3 investimentos | Sunset Energia
Pingback: Payback: Como alcançar a economia | Sunset Energia